Em quatro anos de programa, o paulistano está mais atento a inspeção veicular obrigatória. Que continua existindo só porque a Justiça decidiu a favor dela.
Entre fevereiro e novembro deste ano, 15% a mais de carros passaram pelo teste ambiental em comparação ao mesmo período do ano anterior. Se a análise voltar a 2010, a queda na taxa de reprovação é de 43%.
Se parte dos motoristas que estão regulando o carro antes do teste pode até ter uma preocupação ambiental, o aumento na aprovação também está relacionado com uma fiscalização maior.
Dados divulgados em julho pela prefeitura indicaram que as multas por falta de inspeção cresceu 10% este ano.
Sem o selo no vidro do carro, também existe o bloqueio no licenciamento do veículo.
A inspeção veicular obrigatória esteve no centro das discussões políticas neste ano. O prefeito Fernando Haddad (PT), durante a campanha eleitoral de 2012, prometeu acabar com a taxa que era paga pelo paulistano.
Medida que ele tomou neste primeiro ano de governo junto com uma grande reformulação no programa. Considerada negativa pelos especialistas em poluição do ar.
Para eles, os carros que ficarão isentos a cada ano de fazer a inspeção também são poluidores e não poderiam ter esse tipo de benefício.
A partir do ano que vem a inspeção não será mais obrigatória para carros até três anos e será bienal para veículos entre quatro e nove anos.
Outra ação tomada pela prefeitura em relação ao programa foi a quebra de contrato com a concessionária Controlar, alegando que o tempo de concessão havia terminado. Depois do anúncio da medida, em outubro, a prefeitura perdeu na Justiça.
A Controlar, por meio de uma decisão judicial provisória, continua prestando o serviço de inspeção na cidade.
Para o ano que vem, a decisão da administração municipal é dividir a cidade em quatro lotes e oferecê-los a empresas diferentes.
Também existe a intenção de obrigar os veículos de outras cidades, que circulem por São Paulo mais de 120 dias por ano, a passar pelo teste de emissão de poluentes atmosféricos.