Folha de S. Paulo


Presidente de CPI nega uso político e diz seguir plano original

O presidente da CPI do Transporte, Paulo Fiorilo (PT), nega que a comissão tenha mudado de foco por interesses políticos.

Segundo ele, foram ouvidas empresas que fornecem peças e serviços para as viações de ônibus --como rastreadores e programas eletrônicos. "Dedicamos mais tempo para isso do que para CPTM, Metrô e EMTU. Não houve mudança de rumo, a CPI aprovou esse calendário lá atrás", afirmou.

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Ele argumenta também que, embora não tenha ouvido diretamente os principais empresários de ônibus da cidade, interrogou representantes do sindicato do setor.

Segundo Fiorilo, sempre foi anunciado que a CPI discutiria os custos em todos os sistemas de transporte, e não só de ônibus. "Quando aprovamos a CPI, não havia cartel na pauta, mas tinha a preocupação com todos os meios de transporte", afirma.

Editoria de Arte/Folhapress

O presidente disse que ainda quer ouvir duas empresas relacionadas às suspeitas de irregularidades em licitações do Metrô: a CAF, que obteve uma liminar para não depor, e a Bombardier, cujo presidente estava em viagem na data do depoimento.

Segundo ele, a CPI vai concluir que "a metodologia da planilha de custos das empresas" de ônibus é ultrapassada. "É a mesma há 30 anos. A planilha tem que ser inteligível ao cidadão comum."

A planilha a que ele se refere contém dados de todos os custos das viações, como diesel e pneus, e é usada pela prefeitura para a definição do preço da passagem.

Sobre as investigações a respeito de cartel na rede sobre trilhos estadual, Fiorilo afirmou que as empresas pouco colaboraram.

"Nenhuma empresa veio aqui para falar a verdade. Se as empresas estão envolvidas em cartel com certeza isso tem impacto na tarifa, mas elas optaram pelo caminho mais fácil, de negar."


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