Folha de S. Paulo


Chuva faz bancos abrirem atrasados e clientes enfrentam filas no Rio

A forte chuva que atinge o Rio desde início da manhã causou diferentes transtornos como alagamentos, problemas no transporte público e até o atraso na abertura de bancos e comércios. Por volta das 11h, agências bancárias liberavam a entrada de clientes de maneira improvisada.

Filas se formaram em frente aos bancos. Na rua do Carmo, no centro, a cada 15 minutos era autorizada a entrada de um grupo de cinco pessoas.

"Fui em duas agências fechadas por falta de funcionário, que não conseguiu chegar por causa da chuva. A cidade está um caos e a gente que paga por isso", disse o segurança Cleber Pereira Torres, 48, enquanto aguardava na porta do terceiro banco, que atendia em esquema de rodízio.

A advogada Adriana Chagas, 44, ficou surpresa com a fila em frente ao banco. "Dessa vez tem justificativa porque a cidade parou por causa da chuva. O banco não tem culpa, quem tem que responder por isso é o prefeito Eduardo Paes", disse.

O rio que corta o centro da cidade está prestes a transbordar. O mesmo acontece com o rio Maracanã, em frente ao estádio, na zona norte.

Mais cedo, um muro desmoronou na estação de trem Piedade (zona norte). Não há informações de feridos. As avenidas Brasil, altura de Irajá (zona norte), e Radial Oeste, Maracanã, ficaram alagadas e foram interditadas.

"Demorei três horas para chegar no centro hoje. Um percurso que faço em menos de meia hora. Tive que sair da rua São Francisco Xavier, que estava toda alagada, para a 28 de setembro, mas quando cheguei lá tinha um bueiro arremessando a água que chegava à altura da canela. Em frente ao estádio do Maracanã só dá para passar de bote ou nadando", contou a advogada Cíntia Frazão, 25.


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