O orçamento da Controladoria-Geral do Município vai aumentar em 407% no ano que vem, de acordo com projeto apresentado na Câmara.
A verba reservada à pasta em 2013 foi de R$ 3,1 milhões e saltará para R$ 15,9 milhões.
O crescimento dos recursos do órgão --criado na gestão Fernando Haddad (PT) e responsável por apurar desvios de funcionários-- foi definido após investigação que acabou na prisão de quatro fiscais acusados de cobrar propina de construtoras para dar desconto no ISS.
O aumento dessa verba ocorre no momento que Haddad sofre desgaste e tenta conter a má avaliação de seu primeiro ano de governo.
Pesquisa Datafolha mostra que o prefeito tem apenas 18% de aprovação entre os paulistanos, mesmo índice de depois dos protestos de junho.
O conjunto de eleitores que julga seu governo ruim ou péssimo é de 39% --índice similar ao de seus antecessores Celso Pitta e Gilberto Kassab (PSD) no fim do primeiro ano de seus mandatos.
O projeto que reajusta o IPTU em até 20% para imóveis residenciais e 35% para os demais em 2014 foi outro fator que ajudou a derrubar a popularidade de Haddad.
Tentar mostrar lisura em sua gestão foi a maneira para buscar melhoria da imagem. Após a descoberta da máfia do ISS, Haddad já havia anunciado concurso para cem cargos de auditores da Controladoria, com salário de R$ 13 mil.