A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (4) a Operação Forró, para desarticular grupos responsáveis pela exploração de jogo do bicho e jogos eletrônicos.
Ao todo, estão sendo cumpridos 88 mandados em Pernambuco, no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Norte; 51 de busca e apreensão, 22 de prisões temporárias e 15 de condução coercitiva (quando o suspeito é obrigado a prestar depoimento na delegacia).
Até o início da tarde, 17 pessoas haviam sido detidas, incluindo três policiais militares da ativa, um reformado e um agente da Polícia Civil. Outros dois PMs deverão ser conduzidos à delegacia. Foram apreendidos ainda R$ 100 mil e 170 máquinas caça-níqueis.
A investigação já durava mais de um ano. Segundo o superintendente em exercício da Polícia Federal, Joel Moreira, foram identificadas duas organizações criminosas que exploravam o jogo do bicho e jogos eletrônicos --fabricados com peças contrabandeadas.
Além da suspeita de prática de contrabando, o grupo poderá responder também pelos crimes de integrar organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro.
De acordo com a Polícia Federal, os criminosos corrompiam policiais militares e civis para garantir a continuidade do negócio. Alguns deles, inclusive, prestavam serviço de segurança nos estabelecimentos.
O nome da operação refere-se à suposta origem da palavra forró, do inglês "for all", expressão que significa "para todos" e identifica uma das bancas do jogo do bicho sob suspeita.
O comandante da PM do Rio Grande do Norte, coronel Francisco Canindé de Araújo, disse que ainda não sabe quem são os policiais militares envolvidos no esquema, mas adiantou que cada um responderá a um tipo de processo.
"É preciso saber quem são esses homens, o tempo de serviço prestado por cada um ao Estado e em que setor trabalhou, em qual região. Vai depender da situação dos próprios policiais", disse.