Folha de S. Paulo


Ministério Público abre inquérito para apurar incêndio no Memorial

O Ministério Público de São Paulo instaurou nesta terça-feira um inquérito civil para apurar as causas e consequências do incêndio que destruiu o auditório Simón Bolívar, no Memorial da América Latina, na região da Barra Funda, na última sexta-feira (29).

Segundo o Ministério Público, o inquérito ficará sob a responsabilidade da promotora Camila Mansour Magalhães da Silveira e vai analisar a documentação do local, as condições de segurança, além de dados já solicitados à polícia, bombeiros, ao IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas ) e à Eletropaulo.

O incêndio começou na tarde de sexta e demorou cerca de 15 horas para ser contido. Foram consumidos pelas chamas cadeiras, carpetes, forrações acústicas e o palco. Uma tapeçaria, desenhada por Tomie Ohtake, também deve estar totalmente destruída. Por causa do calor, parte das vidraças também estourou.

Um dos 24 bombeiros feridos na ocasião, o capitão Marcos Palumbo diz que as falhas nos sprinklers (chuveiros automáticos) e hidrantes prejudicaram a contenção do fogo. Isso ocorreu após uma queda de energia --também investigada como causa do incêndio e que impossibilitou utilizar os equipamentos.

Mais um soldado dos bombeiros deixou a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital das Clínicas nessa terça-feira. Além dele, outros dois homens da corporação continuam internados, ambos na UTI. Eles foram feridos por causa do flash over --quando a fumaça concentrada no teto desce rapidamente.

MEMORIAL

O memorial foi inaugurado em 18 de março de 1989 e ocupa uma área de 84.480 m² na Barra Funda, zona oeste. O projeto foi desenvolvido pelo antropólogo Darcy Ribeiro (1922-1997) com desenho do arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012).

Editoria de Arte/Folhapress

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