Caiu o percentual das operadoras de planos de saúde com nota máxima no IDSS (Índice de Desempenho de Saúde Suplementar), avaliação anual feita pela ANS (agência que regula o serviço no país). As notas são divulgadas um ano após a coleta de dados. Os números apresentados este ano, portanto, foram levantados em 2012.
Das 878 operadoras de planos médico-hospitalares presentes no país, apenas 11,7% estiveram entre os que tiraram a nota mais alta no IDSS --de 0,80 a 1-- em 2013. O resultado caiu 5,6 pontos percentuais em relação ao verificado em 2012, quando 17,3% estiveram entre os planos com nota máxima.
O IDDS é composto por quatro campos de avaliação distintos, cada qual com um peso no resultado final do indicador. Atenção à saúde, por exemplo, tem 40% de peso na composição do índice. Já as avaliações de satisfação dos beneficiários, a estrutura e operação e o desempenho econômico financeiro têm peso de 20% cada. Uma série de indicadores dentro desses campos avaliam o serviço prestado.
A ANS não faz um ranking dos planos mais bem avaliados. O usuário pode pesquisar a nota de seu plano de saúde no site da agência.
A piora de um ano para o outro, explicou a coordenadora de Qualidade e do Conhecimento da ANS, Andréa Lozer, decorreu principalmente do fato de a agência estar mais rigorosa em suas avaliações.
Neste ano, por exemplo, a ANS considerou no campo "satisfação do cliente" uma pesquisa de qualidade feita por 419 operadoras de médio e grande porte. As bases da pesquisa foram determinadas pela agência e incluíam ligar para clientes específicos para fazer um questionário sobre os serviços prestados. De acordo com Lozer, desse total apenas 89 operadoras conseguiram entregar a pesquisa nas bases estabelecidas pela agência reguladora.
"Muitas empresas tiveram dificuldades em entregar a pesquisa da maneira que pedimos. Este ano, a pesquisa de satisfação foi facultativa para as empresas, mas contou para a nota final", explicou.
À despeito da queda do percentual de planos com o IDDS mais alto, aumentou o percentual de operadores na segunda faixa de notas mais altas --de 0,60 a 0,79. Em 2012, a fatia era de 44,7%, enquanto esse ano foi de 51,8% --alta de 7,1 pontos percentuais.
Se no patamar das notas mais altas houve queda, o mesmo aconteceu no das notas mais baixas --de zero a 0,19. Em 2012 eram 4,2% planos nessa situação. Este ano, caiu para 3%.
Na divulgação dos dados, a ANS preferiu não dar destaque à comparação anual das notas. A agência ressaltou os resultados obtidos entre os anos de 2009 e 2013, que mostraram evolução no percentual dos planos entre as duas faixas de notas mais altas. Em 2013, 63,5% dos planos de saúde encontram-se nas duas faixas de notas mais altas, enquanto há cinco anos esse percentual não passava de 17,2%.
A melhora, segundo o diretor-presidente da agência reguladora, André Longo, demonstra que, mesmo com as recorrentes queixas com relação à qualidade do serviço dos planos de saúde no país, as operadoras estão fazendo um esforço para qualificar seus serviços e se adaptar às exigências da agência reguladora.
| Editoria de Arte/Folhapress | ||
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