Folha de S. Paulo


Defesa Civil interdita auditório do Memorial em SP por tempo indeterminado

A Defesa Civil interditou o auditório Simon Bolívar, no Memorial da América Latina, por tempo indeterminado após o incêndio que ocorreu na última sexta-feira (29) em São Paulo. A interdição ocorreu na noite de ontem, mas só foi anunciada hoje. O local ainda será avaliado por especialistas em estruturas de concreto.

A exigência foi feita após vistoria de técnicos do órgão anteontem. A exigência de uma nova avaliação indica As chamas, de acordo com a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros, destruíram o auditório. Apenas parte do saguão não foi atingida.

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Um dos quatro bombeiros que estão internados no Hospital das Clínicas deixou a UTI (Unidade de Terapia Intensiva). De acordo com a corporação, os outros três continuam na UTI e estão se recuperando.

Caixas com documentos importantes podem ter sido destruídas no incêndio. A perícia e a Defesa Civil, porém, ainda não concluíram a vistoria para mensurar os estragos.

Um dos funcionários responsáveis pelo arquivo do Memorial Francisco de Assis Gomes, 67, está preocupado com o estado da documentação. "Há várias caixas de documentos que eu mesmo arquivei lá, inclusive plantas originais do [arquiteto] Oscar Niemeyer (1907-2012)", disse.

No início da tarde, o major Wagner Lechner afirmou que mesmo com a destruição do auditório e cerca de 90% da estrutura, os documentos ainda podem ser salvos. "Apenas os corredores e salas da construção estão bem preservados", disse.

MEMORIAL

O memorial foi inaugurado em 18 de março de 1989 e ocupa uma área de 84.480 m² na Barra Funda, zona oeste. O projeto foi desenvolvido pelo antropólogo Darcy Ribeiro (1922-1997) com desenho do arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012).

Editoria de Arte/Folhapress

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