Folha de S. Paulo


Sem citar nomes, vice-governador do Rio culpa políticos por arrastões na praia

O vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), vinculou nesta quinta-feira (28) os arrastões recentes na praia de Ipanema a uma suposta tentativa de desestabilizar o governo Sérgio Cabral.

Sem citar nomes, ele disse que a onda de assaltos a banhistas interessaria a partidos políticos, traficantes de drogas e chefes de milícias. O peemedebista é pré-candidato ao governo em 2014, com apoio de Cabral.

"A gente sabe como os arrastões foram usados aqui. A gente viu este filme, está recente", disse Pezão, após solenidade no Palácio Guanabara.

"O governador teve coragem de despolitizar a polícia e a segurança pública. Isso contrariou o interesse de diversos partidos políticos. De muitos políticos que viviam em função do tráfico de drogas, da milícia", acrescentou.

Ao ser questionado se tinha elementos concretos para vincular rivais políticos aos arrastões, o vice-governador disse:

"Claro que tem informação. Estamos apurando cada vez mais. Demorou quanto tempo para você apurar as manifestações e ver de onde vinham?"

Em julho, Pezão acusou PR e PSOL de darem "viés político" às manifestações de rua contra o governo Cabral. Dirigentes dos dois partidos rebateram as declarações e disseram que seus militantes participam livremente dos protestos.

O vice-governador foi cortejado por prefeitos do interior e tratado como estrela no lançamento de um plano estadual de defesa civil, nesta quinta-feira. Cabral se referiu ao primeiro escalão de seu governo como uma "grande equipe comandada pelo Pezão".


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