Folha de S. Paulo


Em Paris, Haddad diz que projeto não basta para sediar Expo 2020

Na véspera da votação para escolher a sede da Exposição Universal de 2020, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, disse que a a campanha da cidade foi "modestíssima" e que o jogo dos bastidores, e não o projeto apresentado para o evento, será o decisivo na disputa.

"O projeto de São Paulo é o mais consistente, mas nós sabemos que a parte técnica não é a decisiva. Há outros ingredientes na tomada de decisão", disse o prefeito, durante entrevista coletiva na embaixada do Brasil em Paris.

"Fizemos o melhor que podíamos do ponto de vista de respeito ao processo, transparência no diálogo com os países e defesa técnica do projeto. Mas tem um jogo de bastidor que não sou nem capaz de descrever", afirmou.

Realizado a cada cinco anos, o evento é considerado o terceiro mais importante em termos de impactos econômicos e culturais, atrás da Copa do Mundo e das Olimpíadas. As outras candidatas são Dubai (Emirados Árabes Unidos), Izmir (Turquia), e Ekaterinburg (Rússia).

"Se comparar com as candidaturas das outras cidades, a nossa campanha foi modestíssima. Até porque a legislação brasileira corretamente coloca limites bastante restritivos para este tipo de gasto", declarou.

O prefeito disse que a campanha da cidade foi paga pela iniciativa privada.

A votação ocorre amanhã durante assembleia do BIE (Birô Internacional de Exposições), órgão responsável pela organização das exposições universais. A disputa deve ocorrer em três turnos, com a eliminação do menos votado em cada rodada.


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