A gestão petista avalia como improvável a vitória da candidatura de São Paulo para sediar a Expo 2020 na eleição que será realizada terça-feira, em Paris (França).
O projeto paulistano vai disputar com as propostas de Izmir (Turquia), Dubai (Emirados Árabes) e Ekaterimburgo (Rússia) para sediar a importante feira de negócios internacional.
A expectativa da equipe de Fernando Haddad (PT) é totalmente oposta ao sentimento cultivado pela administração anterior, que inscreveu a cidade na competição. Gilberto Kassab (PSD) era um grande entusiasta da ideia e sempre colocou São Paulo como grande favorita.
Há um ano, o ainda futuro prefeito Fernando Haddad (PT), que acabara de vencer as eleições, passou alguns dias em Paris ao lado de Gilberto Kassab (PSD). Os dois trocaram muitos elogios na época. E defenderam a candidatura de São Paulo para sediar a Expo 2020.
No meio do ano, Haddad também cruzou o Atlântico, em meio aos protestos de junho, para defender a candidatura. Desta vez, a ida do prefeito acabou sendo confirmada de última hora. A informação oficial de que ele irá a Paris saiu ontem à noite.
O projeto que previa a construção de um megacentro de convenções em Pirituba para sediar a feira, substituindo assim o obsoleto Anhembi, é visto como ruim pela equipe da Haddad, segundo a Folha apurou.
Se a derrota realmente ocorrer, a ideia dos petistas é fazer um novo projeto e disputar as eleições para a feira de 2025. Estimativas dão conta que o evento é o terceiro mais importante do planeta.
Ele perde, em termos de movimentação financeira e de pessoas, apenas para a Copa do Mundo e a Olimpíada. Na disputa, São Paulo e a cidade russa de Ekaterimburgo correm por fora. A favorita é a proposta turca --na apresentação das sedes, em novembro passado, o projeto de Izmir ganhou aplausos efusivos.
Izmir já perdeu a eleição da Expo 2015, que será realizada em Milão, na Itália.
Na terça, cada país terá novamente a chance de fazer sua última apresentação aos 161 delegados. Em seguida haverá a votação e o anúncio da cidade escolhida.
Boa parte dos recursos investidos na candidatura brasileira veio da iniciativa privada, por meio da Fiesp.