Folha de S. Paulo


Polícia Federal prende mais um em operação contra pornografia infantil

Na esteira da operação que desmontou uma rede de pedófilos no país, a Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira (20) mais uma pessoa por posse de material ligado à pornografia infantil, em Maceió (AL). Agora, são 26 presos, espalhados por oito Estados.

O grupo usava como "ponto de encontro" um site russo de compartilhamento de fotos, cujo nome não foi divulgado. Por meio do site, eram enviadas imagens de crianças nuas ou em cenas de abuso sexual. As vítimas, segundo a PF, tinham entre 6 meses e 15 anos de idade.

Cerca de 300 suspeitos são monitorados pela PF por usarem o site, numa investigação que já dura dois anos.

Entre eles, há professores, um chefe de um grupo de escoteiros, um médico, um policial militar e um soldado da Aeronáutica. Os nomes não foram divulgados.

No total, durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão, 25 pessoas foram presas em flagrante por posse de pornografia infantil. Duas delas tiveram a prisão convertida em preventiva, por haver fortes indícios de que elas produziam o material, cometendo estupro de menores.

Soma-se a esses casos o de mais um homem da cidade de São Paulo, também usuário do site, preso preventivamente ontem por suspeita de estupro de menores.

Alguns dos presos em flagrante foram soltos mediante pagamento de fiança. A PF não soube informar quantos permanecem detidos.

"Essa é só a primeira fase da investigação. Agora, precisamos colher depoimentos, aguardar provas periciais, identificar outras pessoas envolvidas nos crimes, para depois indiciarmos os suspeitos", afirma a agente Miriam Regina Braga.

A PF investiga se todos os acusados cometeram abusos de menores. O compartilhamento de fotos de pornografia infantojuvenil é um crime inafiançável, com pena de até seis anos de prisão.


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