Folha de S. Paulo


Obras complicam viagem pela Tamoios; motoristas devem buscar outras rotas

Filas, muita poeira e pista bloqueada. O motorista que pretende descer para o litoral norte pela Tamoios neste feriado vai precisar de muita paciência para encarar o que se tornou um verdadeiro canteiro de obras.

A própria Dersa (empresa que administra as rodovias de SP) recomenda fugir do caos por outras rodovias, principalmente entre o meio-dia e a noite de hoje e das 6h às 18h de amanhã.

A um mês do fim da duplicação do trecho de planalto, os pontos de parada e afunilamento estão por toda parte. Em dias comuns, o trajeto já leva o dobro do tempo. Apenas os comerciantes comemoram, devido ao aumento da clientela.

"A previsão é que [o motorista] encontre uma situação complicada no feriado", admite o gerente de operações rodoviárias da Dersa, Luciano Mota.

E como: na manhã de anteontem, a reportagem levou quase três horas para ir de São José dos Campos a Caraguatatuba --o trajeto de 88 quilômetros era feito antes em uma hora e 15 minutos.

Em boa parte do planalto, os carros trafegam em pista simples, repleta de afunilamentos, cones, cavaletes e forte poeira, que prejudica a visualização.

O agravante é que, na terça-feira, a obra deixou de ser executada na lateral da estrada e invadiu o eixo da pista.

"É sempre assim. E olha que hoje foi pouco [congestionamento]", conta o vendedor Almir Nazaré, 35, que ficou parado na estrada durante 30 minutos. Na última sexta, ele levou três horas para percorrer quatro quilômetros.

A sequência de afunilamentos atrapalha até os funcionários da obra. "Tenho uma reunião e não sei se vou conseguir chegar", afirmou José Pereira, 55.

Editoria de arte/Folhapress

FILA NO COMÉRCIO

E a fila não se restringe à estrada. No meio dos carros parados, comerciantes festejam. "Esse pare e siga ajudou muito. Torcia para a obra não acabar", brinca Antônio Carlos Pereira, dono de uma lanchonete na rodovia que registrou aumento de 40% no movimento e planeja dobrar o número de atendentes, de 6 para 12, para o feriadão.

"Mesmo com a obra, está vindo muita gente para cá", diz Vanderlei Santos, 45, proprietário de um restaurante, que planejava reforçar o estoque para a data.

Segundo a Dersa, para minimizar os transtornos, as detonações de rocha e interdições da pista estarão suspensas até segunda-feira.

As obras, porém, continuam --e devem ser intensificadas nos próximos dias.

A Dersa sugere três rotas alternativas para o litoral norte. Além da Rio-Santos, a Oswaldo Cruz é boa opção para Ubatuba e Caraguatatuba, enquanto a Mogi-Bertioga é uma saída para Bertioga e São Sebastião.

OUTRAS ROTAS

O motorista que pretende trafegar em outras rodovias paulistas também deve ficar atento a obras. Na Régis Bittencourt, a descida da Serra do Cafezal rumo às praias da região sul está mais lenta devido à duplicação da pista.

Na Bandeirantes, uma das pistas está interditada entre o km 16 e o km 47. A Anhanguera também tem obras.

No acesso a Guarujá pela rodovia Cônego Domênico Rangoni há lentidão entre o km 262 e o km 270.

Colaborou DHIEGO MAIA, de São Paulo


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