Folha de S. Paulo


USP diz que é grande a destruição na reitoria e que equipamentos sumiram

O cenário dentro da reitoria da USP (Universidade de São Paulo) é de completa destruição após a reintegração de posse ocorrida na manhã desta terça-feira (12). De acordo com a assessoria da USP, funcionários fazem nesta manhã um levantamento sobre o prejuízo, que ainda não pode ser calculado.

O prédio foi ocupado pelos estudantes no dia 1º de outubro e a reintegração de posse ocorreu de forma pacífica. A ação da Polícia Militar durou cerca de 40 minutos já que os estudantes não resistiram e saíram por conta própria do local.

De acordo com a USP, vários equipamentos, como computadores, mesas e cadeiras, sumiram. Há vários paredes e objetos pichados e salas que estão completamente vazias.

Para a USP, a destruição ocorrida foi pior do que a que aconteceu na invasão da reitoria ocorrida em 2011. Naquela ocasião, estudantes que haviam invadido o prédio foram retirados pela Tropa de Choque e acomodados em três ônibus da PM e levados para a delegacia.

Segundo os estudantes, dois estudantes foram detidos pela PM e levados para a delegacia. A PM nega que tenha detido alunos durante a reintegração. A Secretaria de Estado da Segurança Pública, no entanto, enviou uma nota onde confirma as prisões e que os dois foram levados para o 93º DP (Jaguaré).

Segundo a polícia, eles estão sendo acusados por formação de quadrilha, furto e danos ao patrimônio. A identidade deles não foi divulgada.

Os estudantes contestam a versão da universidade e dizem que a danificação do prédio e o furto de equipamentos só podem ser comprovados com uma vistoria comum com os dois lados participando.

A diretora do DCE (Diretório Central dos Estudantes), Arielli Tavares, 23, disse que o movimento sempre foi contra danificar o patrimônio. Segundo ela, o que ocorreu na reitoria foi por conta da USP deixar os estudantes sem água e luz no prédio nos primeiros dias da ocupação e por demorar para negociar com os estudantes.

Uma das principais reivindicações dos estudantes é escolher os próximos reitores por meio de eleições diretas.


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