O delegado João Carlos dos Santos, do 3º DP (Campos Elíseos), concluiu o inquérito sobre o casal Luana Bernardo Lopes,19, e Humberto Caporalli, 24, detidos durante uma manifestação em São Paulo em outubro, e solicitou novamente à Justiça a prisão dos dois.
Eles foram enquadrados na Lei de Segurança Nacional, que prevê pena de três a dez anos a quem "praticar sabotagem contra instalações militares, meios de comunicações, estaleiros, portos, aeroportos", mas foram liberados três dias depois por decisão da Justiça.
Estudante de moda e Humberto Baderna são presos em protesto em SP
A Folha entrou em contato na noite de hoje com o advogado Geraldo Santamaria Neto, um dos defensores de Humberto e Luana à época da prisão, mas ele afirmou que não presta mais serviços para o casal. Outros defensores não foram encontrados até a publicação deste texto.
De acordo com a polícia, quando Humberto e Luana foram detidos na manifestação, em 7 de outubro, eles carregavam latas de spray, uma bomba de gás lacrimogêneo "aparentemente utilizada" e uma cartilha de como se portar em protestos. Policiais afirmaram que o casal pichou prédios, incitou a violência e ajudou um grupo a virar um carro da polícia de ponta-cabeça.
Após a prisão, o advogado Santamaria Neto negou --disse que eles estavam no ato, mas sem participar de vandalismo. E que a bomba apreendida na mochila do rapaz era só um pedaço do objeto, guardado como recordação.
| Editoria de arte/Folhapress | ||
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