Folha de S. Paulo


Auditores suspeitos de fraudes deixam prisão em SP

Os auditores fiscais Ronilson Bezerra Rodrigues, Eduardo Horle Barcellos e Carlos Augusto di Lallo Leite do Amaral, investigados no escândalo do rombo de R$ 500 milhões na Prefeitura de São Paulo foram soltos no início da madrugada de hoje.

Eles são apontados como cúmplices da suposta quadrilha que teria acumulado patrimônio de ao menos R$ 80 milhões com os desvios. Os auditores cumpriam prisão temporária desde a semana passada na carceragem do 77º DP (Campos Elíseos), centro de São Paulo.

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Os três ficaram presos na mesma cela e puderam levar cobertores.

Segundo o advogado de Ronilson, Marcio Sayeg, ele estava muito abatido e deveria ir para casa. Sayeg e o auditor só devem se reunir na segunda-feira.

Os auditores saíram da delegacia nos carros dos advogados deles e não falaram com a imprensa. Sayeg reclamou de excessos na busca e apreensão. "[Os policiais] levaram até computadores das crianças", disse.

Eles cumpriram até o fim do mandado de prisão, que venceu à meia-noite.

A Folha mostrou na edição desta sexta que o auditor fiscal Ronilson Bezerra Rodrigues, preso sob acusação de liderar o grupo que cobrava propina para reduzir o ISS (Imposto sobre Serviços) de imóveis, diz num telefonema que o "secretário" e o "prefeito" com que trabalhou "tinham ciência de tudo"

Kassab classificou as informações de "falsas" e disse que "repudia as tentativas sórdidas de envolver o seu nome" em irregularidades.

Avener Prado/Folhapress
O ex-subsecretário da Receita Ronilson Rodrigues deixa delegacia após dez dias preso; outros dois auditores foram soltos na madrugada de hoje
Ronilson Rodrigues deixa delegacia após dez dias preso; outros dois auditores foram soltos na madrugada de hoje

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