Aliados no âmbito federal, mas em meio a um escândalo na esfera municipal, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), e seu antecessor, Gilberto Kassab (PSD), quase se encontraram na manhã de ontem.
As investigações apontam que os desvios de dinheiro dos cofres municipais ocorreram na gestão Kassab, que, após o escândalo, afirmou que não indicou nenhum dos servidores presos e defendeu a punição deles.
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Por uma diferença de mais ou menos meia hora, Haddad e Kassab não se esbarraram na inauguração da ampliação da unidade do Graac (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer) na Vila Mariana (zona sul).
O início da cerimônia estava marcado para as 11h.
O ex-prefeito chegou por volta das 10h. Visitou as novas instalações e conversou com funcionários e com pacientes do hospital. E deixou a unidade às 10h30.
Haddad chegou às 11h.
O prefeito fez um discurso, também conheceu a nova área do hospital e cortou, ao lado do ator global Reynaldo Gianecchini, o laço que marcava a inauguração da nova ala da unidade.
A assessoria de Kassab disse que a intenção dele não foi evitar Haddad. Afirmou que o ex-prefeito deixou o evento antes do início porque tinha compromissos políticos e não poderia desmarcá-los.
Kassab foi ao evento a convite do Graac, como já havia feito em anos anteriores em inaugurações.
A assessoria de Haddad não comentou a saída apressada de seu antecessor.