Folha de S. Paulo


Em assembleia, alunos da USP decidem manter ocupação da reitoria

Estudantes da USP decidiram na noite desta quarta-feira (6), em assembleia, manter a invasão da reitoria e a greve parcial na universidade, apesar de a Justiça determinar a desocupação do prédio. A Policia Militar pode intervir a qualquer momento, uma vez que o protesto continuará.

A ocupação foi iniciada há mais de um mês, e os estudantes pedem mudanças na forma de escolha do reitor. Na assembleia, 747 se manifestaram favoráveis à continuação do movimento, contra 562 votos pela saída dos alunos da reitoria.

O DCE (Diretório Central dos Estudantes) se manifestou pela saída do prédio e da paralisação, mas perdeu.

Fabio Braga/Folhapress
Estudantes da USP em assembleia na FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas)
Estudantes em assembleia no predio da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) na noite desta quarta-feira (6)

Na segunda-fera (4), a Justiça de São Paulo determinou a reintegração de posse imediata da reitoria do Campus Butantã da USP. No último dia 15 de outubro, o desembargador José Luiz Germano havia dado prazo de 60 dias para a desocupação do local. A USP, porém, solicitou a antecipação desse prazo, alegando incidentes como depredação, quebra de vidraças e bloqueio de vias da Cidade Universitária promovidos pelos estudantes.

Os manifestantes exigem eleições diretas para escolha de dirigentes (ou seja, voto direto de alunos, professores e funcionários). A USP acenou com uma discussão já no início de 2014.

Atualmente, o reitor é escolhido por meio de conselhos formados por representantes das diversas categorias.

Cerca de 500 alunos participam ocupam o prédio da reitoria desde 1º de outubro, segundo integrantes do Diretório Central dos Estudantes. De acordo com a USP, o campus recebe 50 mil estudantes.


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