O homem acusado de ter planejado o maior roubo a banco da história do Brasil foi preso anteontem pela polícia.
João Paulo dos Santos, 35, foi localizado no Bom Retiro (região central de São Paulo), 11 dias após ter sido condenado a 18 anos e 8 meses de prisão pelo roubo ao banco Itaú da avenida Paulista (também no centro), em agosto de 2011.
O juiz Rafael Henrique Janela Tamai Rocha descreveu em sua sentença que "foi o maior crime patrimonial já cometido contra instituições financeiras no país".
Segundo o magistrado, os ladrões arrombaram 142 dos 400 cofres e roubaram de R$ 250 milhões a R$ 500 milhões em joias, pedras preciosas, canetas e relógios de ouro.
"O roubo de R$ 165 milhões do Banco Central de Fortaleza, em 2005, foi bem inferior a esse", argumentou o juiz.
De acordo com a polícia, a maioria das vítimas não prestou queixa porque não tinha declarado os bens.
O roubo ocorreu entre a noite de 27 de agosto e a manhã do dia seguinte. Um vigia foi rendido e agredido. Santos foi julgado à revelia. A Justiça condenou outras três pessoas e absolveu cinco.
Segundo o magistrado, o vigia Nivaldo Francisco de Souza facilitou a entrada dos assaltantes na agência e Cléber da Silva Pereira, ex-funcionário da central de monitoramento do banco, desligou os sensores e alarmes.
Santos alegou inocência ontem: "Vão conferir as imagens do banco. Não sou eu." A defesa dos demais não foi localizada.