Os planos para conversão da rede aérea de fios para a subterrânea terminam em um nó: o custo da operação.
Segundo cálculos da empresa, 'enterrar' a fiação do centro expandido de São Paulo custaria cerca de R$ 15 bilhões, ou R$ 5,8 milhões por quilômetro quadrado.
São Paulo tem desafio de eliminar a fiação aérea, como fez Paris e Nova York
O processo levaria cerca de dez anos, e só seria possível com impacto no valor da tarifa de energia elétrica.
Em um dos modelos de financiamento apontados pelo estudo feito pela consultoria McKinsey, 80% dos custos seriam financiados por meio de isenção fiscal sobre serviços relacionados ao enterramento (ISS) e aos equipamentos (ICMS), além de parceria com governo federal e com as demais empresas que utilizam a rede aérea.
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Os 20% restantes seriam repassados ao consumidor na tarifa, que sofreria um aumento de de 5% a 10%.
Tal incremento na tarifa se estenderia por cerca de 30 anos, período de amortização dos investimentos realizados.
"A grande maioria dos países justifica a conversão pelo impacto visual. É difícil encontrar uma justificativa financeira", diz Gustavo Pimenta, vice-presidente financeiro da Eletropaulo.