Folha de S. Paulo


Dilma chama de 'fascista' ação violenta em manifestações

A presidente Dilma Rousseff qualificou de "fascista" a série de ações violentas que tem ocorrido em manifestações por todo o país.

Dilma defendeu nesta sexta-feira (1º) uma ação unificada entre o Executivo, o Legislativo e o Judiciário para combater ações de vandalismo em protestos, como as que têm sido protagonizadas por grupos como os "black blocs".

"Somos a favor de manifestações pacíficas. Mas devemos repudiar integralmente o uso da violência nessas manifestações. Não podemos aceitar pessoas tampando o rosto, destruindo o patrimônio público e machucando os outros. Essas pessoas não são democráticas", afirmou a presidente.

As declarações foram dadas em entrevista às rádios Metrópole FM e Tudo FM, de Salvador. A presidente desembarcou na manhã desta sexta-feira na capital baiana para participar da inauguração da Via Expressa Baía de Todos os Santos, que vai ligar o porto de Salvador à BR-324, principal saída da cidade.

Na entrevista, Dilma afirmou ainda que "nós temos de nos responsabilizar para não deixar que a democracia no Brasil se confunda com esse tipo de ação violenta e bárbara". "Fascista", disse em seguida o jornalista que a entrevistava. "Fascista", repetiu a presidente.

Dilma destacou a reunião realizada nesta quinta-feira (31) entre o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e os secretários de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella, e do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, com o objetivo de definir uma atuação conjunta no combate ao vandalismo.

"Foi um primeiro encontro em que se definiram ações coordenadas entre as polícias. Entendo que as ações de vandalismo devem ser coibidas por todos os Poderes", disse.

ALIANÇAS

Questionada sobre a articulação entre o PT e o PMDB para as eleições presidenciais do próximo ano, a presidente destacou a importância da parceria e minimizou as tensões entre os dois partidos nos Estados, como nos casos do Rio de Janeiro e da Bahia.

"As questões que são regionais têm que ser resolvidas regionalmente", afirmou a presidente, destacando a unidade da aliança em nível nacional.

Na Bahia, o peemedebista Geddel Vieira Lima ensaia uma união com Democratas e PSDB, numa candidatura de oposição ao PT, que comanda o Estado desde 2007.


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