Folha de S. Paulo


Para Dilma, ações de 'black blocs' são 'barbáries antidemocráticas'

A presidente Dilma Rousseff classificou na manhã deste sábado (26) de "barbáries antidemocráticas" as ações dos "black blocs" que, nas palavras dela, agrediram "covardemente" o coronel da PM Reynaldo Simões Rossi em São Paulo.

Pelo twitter, a presidente condenou atos de vandalismo durante as manifestações, cobrou punição dos "abusos" pela Justiça e se colocou à disposição do governo de São Paulo.

"São barbáries antidemocráticas. A violência cassa o direito de quem quer se manifestar livremente. Violência deve ser coibida", escreveu. Numa sequência de seis mensagens, Dilma disse ainda: "Agredir e depredar não fazem parte da liberdade de manifestação. Pelo contrário."

A presidente também escreveu que presta solidariedade ao coronel Rossi, "agredido covardemente ontem por um grupo de 'black blocs' em SP".

O coronel foi atacado por um grupo de cerca de dez manifestantes adeptos à tática "black bloc" --que pregam o dano a patrimônio como protesto--, durante o ato que terminou em confronto e vandalismo na região central de São Paulo, nesta sexta-feira (25).

O policial foi atingido na parte de trás da cabeça e teve a clavícula quebrada. Ele recebeu alta neste sábado.

"As forças de segurança têm a obrigação de assegurar que as manifestações ocorram de forma livre e pacífica", reiterou Dilma.

Um dos suspeitos de agredir o militar está preso no 2º DP (Bom Retiro), região central de São Paulo. Ao todo, 92 pessoas foram detidas durante a manifestação no terminal Terminal Dom Pedro 2º, na noite de ontem.

Segundo a Polícia Civil, o suspeito continua preso porque foi identificado através de imagens. Ele foi identificado como Paulo Henrique Santiago dos Santos e indiciado pela tentativa de homicídio do coronel da PM.

Desde o início das manifestações, que começaram em junho, a presidente tem condenado as ações violentas que se espalharam pelo país. Ela, por mais de uma vez, repudiou os atos de vandalismo.


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