Folha de S. Paulo


PM cerca Theatro Municipal durante concentração de ato em SP

Policiais militares fizeram um cerco ao prédio do Theatro Municipal, no centro de São Paulo, no final da tarde desta sexta-feira, durante concentração de manifestantes para mais um protesto organizado pelo MPL (Movimento Passe Livre).

A concentração começou às 17h, e, por volta das 18h20, o grupo saiu em passeata, fechando a rua Coronel Xavier de Toledo. A expectativa é que os manifestantes sigam até a avenida 23 de Maio e depois volte para a praça da Sé.

Esse é o terceiro ato promovido pelo grupo nesta semana. Os dois primeiros ocorreram nas regiões do Grajaú e do Campo Limpo (zona sul) e pediam melhorias no transporte local. No protesto de hoje, o grupo pede passe livre em toda a cidade e é contra as mudanças em linhas de ônibus.

Na quarta-feira, a manifestação terminou em confronto com policiais militares na avenida Atlântica, quando manifestantes quebraram o vidro de um carro que furou o bloqueio do grupo. Já no ato de ontem (24), a SPTrans fechou o Terminal Campo Limpo por mais de uma hora para impedir a entrada dos manifestantes.

Nessa sexta-feira, o ato acontece de forma pacífica. A PM estima que haja entre 1.500 e 2.000 manifestantes no protesto.

"Nossa preocupação hoje é oferecer proteção às pessoas, ao patrimônio e também o direito de se manifestar", disse o tenente coronel Wagner Rodrigues, comandante do policiamento. "Nem mandei trazer", acrescentou sobre o uso de balas de borracha.

"A nossa intenção é que seja um protesto pacífico e que não haja radicalizações", disse Nina Capelo, membro do MPL.

O MPL foi o responsável pela onda de protestos ocorrida em junho e que causou a redução do preço da tarifa de ônibus em todo o país. Segundo o movimento, protestos em série ocorrem em outubro desde 2004, ano em que houve a "revolta da catraca", em Florianópolis, quando o MPL surgiu.

Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), havia um outro protesto na capital paulista por volta das 17h50 na rua Conselheiro Carrão, na Vila Carrão, na zona leste de São Paulo. A via estava totalmente bloqueada nos dois sentidos, mas a companhia não soube informar sobre o que era o ato.


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