Folha de S. Paulo


Polícia do Rio busca autores da chacina de Realengo

Policiais civis da Divisão de Homicídios do Rio buscam nesta sexta-feira os autores da chacina de Realengo, zona oeste da capital. No total, sete pessoas --duas mulheres e cinco homens-- foram mortas a tiros no quintal de uma casa da região.

O crime aconteceu por volta das 22h de quinta-feira (24). Testemunhas disseram à polícia que viram dois carros estacionados em frente a casa e, em seguida, ouviram o barulho dos tiros.

Os assassinos foram vistos vestidos de preto e encapuzados. Eles estavam armados com pistolas e fuzis. A principal linha de investigação da polícia é que o crime teria sido cometido por milicianos. O motivo, no entanto, ainda é desconhecido.

Até o final da tarde de hoje, ao menos 15 familiares das vítimas e vizinhos da casa onde aconteceu o crime haviam sido ouvidos pela polícia.

O motorista de uma van --que estava estacionada em frente ao local da chacina-- está entre as testemunhas. Ele disse que pagava R$ 100 a dona da casa por mês para guardar o veículo na garagem dela, mas deixou de usar o espaço porque era frequente encontrar com usuários de drogas ali.

Os investigadores suspeitam ainda que as vítimas poderiam ter alguma dívida com o tráfico de drogas. Testemunhas contam que no lugar também funcionava uma boca de fumo. Imagens de câmeras da prefeitura de ruas da região serão analisadas na tentativa de identificar os criminosos.

Segundo a Polícia Civil, todos tinham aproximadamente 30 anos e eram usuários de crack e maconha. No local, a polícia encontrou utensílios utilizados para o consumo da droga como cachimbos. As vítimas foram encontradas mortas uma ao lado da outra com tiros na cabeça --a maioria de bruços.

Os corpos foram levados ao IML (Instituto Médico Legal) Afrânio Peixoto, no centro do Rio. Nenhum suspeito do crime foi preso até agora.


Endereço da página: