O Terminal Campo Limpo, na zona sul de São Paulo, foi fechado por cerca de uma hora e meia nesta quinta-feira durante um protesto por melhorias no transporte público. Os manifestantes, que também protestam contra o terminal, queriam encerrar o ato dentro do local, mas foram impedidos por uma barreira de PMs.
Com o fechamento, por volta das 20h, os ônibus que fazem as 29 linhas que circulam pelo local passaram a parar na praça Campo Limpo, também na região. "Eles queriam entrar, mas não garantiram a integridade do patrimônio, por isso fechamos", disse Evanaldo Magno, gerente regional da SPTrans.
"Isso mostra que os ônibus servem apenas aos empresários. Quando há sinal de ameaça eles tiram os ônibus da população, como fizeram hoje. As pessoas não conseguem chegar em casa", afirmou Mateus Preis, membro do MPL (Movimento Passe Livre), que organizou o ato desta quinta-feira.
| Fabio Braga/Folhapress | ||
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| Manifestantes pulam catraca queimada durante protesto do MPL na estrada do Campo Limpo, na zona sul de São Paulo |
Os manifestantes tentaram negociar a entrada no terminal, mas ela não foi permitida. O ato então continuou na frente do local até por volta das 21h10, quando o grupo começou a dispersar. Eles chegaram a incendiar uma catraca falsa durante o protesto. Não houve, porém, registro de confronto ou vandalismo. O terminal foi reabertos às 21h25.
O grupo reivindica a volta de linhas de ônibus que saiam do bairro em direção ao centro da cidade. "Desde 2009, com a construção do Terminal Campo Limpo, as pessoas têm dificuldade nesse trajeto. Precisam pegar mais de um ônibus", diz ele.
Ontem (23), o movimento já tinha feito um outro protesto na região do Grajaú, também pedindo melhorias no transporte público da região. O ato terminou em confronto após os manifestantes fecharem a avenida Atlântica e quebrarem o vidro de um carro que tentou furar o bloqueio.