Folha de S. Paulo


Governo entrega registros médicos a 96% dos intercambistas

Um dia depois da sanção da lei que criou o Mais Médicos, o Ministério da Saúde concedeu o registro único de 96,4% dos profissionais formados no exterior inscritos na primeira fase do programa.

Após alteração no Congresso Nacional, a pasta assumiu a tarefa de emitir o documento, antes a cargo dos conselhos regionais de medicina. O governo apontava atraso proposital das entidades em entregar o registro, enquanto os conselhos alegavam falta de documentos para finalizar o processo.

No Diário Oficial da União desta quarta-feira (24) estão listados os nomes de 656 médicos intercambistas. Ao todo, foram 680 profissionais com diploma estrangeiro inscritos na primeira etapa do programa --a maior parte deles cubanos.

De acordo com o ministério, os profissionais receberão por e-mail a declaração de registro e, com a publicação no DOU de hoje, já poderão atuar em postos de saúde de todo o país. A grande maioria deles, na verdade, já está trabalhando: último balanço da pasta informou que apenas 196 intercambistas ainda não tinham recebido o registro emitido até então pelos conselhos regionais.

Num prazo de 30 dias, esses médicos receberão uma carteira de identificação, elaborada pela Casa da Moeda com itens de segurança, para evitar falsificação.

Amanhã, os médicos intercambistas da segunda rodada do programa farão avaliação após participarem de curso de acolhimento. Ao todo, 2.149 profissionais (2.000 deles de Cuba) devem fazer a prova.


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