Folha de S. Paulo


Protesto do MPL tem princípio de tumulto na região do Grajaú, em SP

Um protesto promovido pelo MPL (Movimento Passe Livre) teve um princípio de tumulto no início da noite desta quarta-feira na região do Grajaú, na zona sul de São Paulo. O ato reúne em torno de 200 pessoas, segundo os organizadores, e pede melhorias no transporte local.

O princípio de tumulto ocorreu quando os manifestantes tentaram bloquear a avenida Dona Belmira Marim. Um grupo de perueiros que atua na região tentou impedir, o que provocou discussões e empurrões de ambos os grupos. Por volta das 18h50, o clima estava mais calmo.

Segundo um dos perueiros no local, os profissionais não são contra o protesto, mas contra a interdição a via. Eles são da cooperativa CooperPam, que atua com mais de 600 veículos na região.

O inspetor da empresa de ônibus Cidade Dutra, Kleber Costa, acompanha de perto a manifestação e tira fotos dos manifestantes. "Se houver depredações ao patrimônio da empresa, vamos saber quem foi", diz ele, que usa o uniforme da empresa.

Por volta das 19h15, o grupo interditava a avenida Senador Teotônio Vilela, no sentido centro.

Os manifestantes, que contam com a presença de integrantes de movimentos sociais da periferia, protestam contra cortes de linhas de ônibus que saiam do bairro com direção ao centro. "Agora, moradores precisam pegar três ônibus para chegar ao centro", diz Caio Martins, membro do MPL.

Também havia alguns mascarados entre os manifestantes.

O MPL foi o responsável pela onda de protestos iniciados em junho que causaram a redução do preço da tarifa de ônibus em todo o país. Segundo o movimento, protestos em série ocorrem em outubro desde 2004, ano em que houve a "revolta da catraca", em Florianópolis, quando o MPL surgiu.


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