Folha de S. Paulo


PMs assistem à votação sobre aumento de salário na Assembleia de SP

Policiais militares aposentados e familiares ocuparam na tarde desta terça feira (22) três plenários da Assembleia Legislativa de São Paulo, na zona sul da capital paulista. O grupo, de cerca de 800 pessoas, pressiona para que não seja votado hoje o aumento de 7% da categoria.

O reajuste foi anunciado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) no mês passado, mas os policiais militares dizem que é pouco e pedem aumento salarial de 15% neste ano, e de 11% para o ano que vem. A previsão é que a votação aconteça apenas no final da noite.

"Queremos que o presidente da Câmara retire o projeto da pauta para que a gente abra novas negociações com o governo. Na prática, vai aumentar R$ 150 no salário de um soldado, isso ele ganha fazendo bico em um dia", afirmou Wilson Morais, presidente da Associação de Cabos e Soldados.

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Policiais militares entram na Alesp para assistir à votação de aumento salarial; categoria é contrária ao percentual de 7%
Policiais militares entram na Alesp para assistir à votação de aumento salarial; categoria é contrária ao percentual de 7%

Como militares da ativa não podem participar de manifestações, eles são representados por PMs aposentados, parentes e pensionistas. Antes de ocupar os plenários da Alesp, os policiais saíram em carreata e fecharam vias como as avenidas Marquês de São Vicente, 23 de Maio e Pedro Álvares Cabral, o que provocou lentidão.

Os PMs também reclamam do aumento de 10,5% dado apenas para a Polícia Civil, que, segundo a categoria, quebra da paridade entre as polícias. Após pressão, o governo anunciou na semana passada uma série de medidas para valorização da carreira, mas os PMs apontam que não aborda a questão salarial.

"Mesmo ele [o governador Geraldo Alckmin (PSDB)] sendo injusto com a gente, somos nós que defendemos ele e a família dele do PCC", afirmou Morais.


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