Folha de S. Paulo


Ministro nega que problema de fraude em diploma afete Mais Médicos

O ministro Alexandre Padilha (Saúde) disse, nesta sexta-feira (18), que a fraude de diplomas investigada pela operação da Polícia Federal "Esculápio", deflagrada hoje, não tem relação com o programa Mais Médicos.

Nesta manhã, a Polícia Federal informou a identificação de documentos falsos de 41 médicos formados no exterior que pretendiam atuar no país.

Polícia Federal identifica fraude em diplomas de médicos formados no exterior

Segundo a polícia, eles queriam a revalidação do diploma e tinham interesse em participar do Programa Mais Médicos.

Todos eles diziam ter se formado em três universidades da Bolívia (Universidad Nacional Ecológica, Universidad Técnico Privada Cosmos e Universidad Mayor de San Simon), mas as instituições disseram que eles nunca foram alunos ou não concluíram o curso.

"É uma operação da Polícia Federal que não tem nada a ver com o Mais Médicos. É em cima de estudantes que falsificavam diplomas para poder participar do Revalida", disse o ministro.
Segundo Padilha, o Ministério da Saúde tem uma "grande cooperação com a Polícia Federal também no programa Mais Médicos".

"É feita uma checagem antes com a Polícia Federal, que faz todo o acompanhamento. Inclusive se tem algum problema é excluído ou não aceito qualquer tipo de documentação desses profissionais", afirmou Padilha.

Pelo telefone, a assessoria de imprensa do ministério informou que, apesar da intenção desses profissionais em ingressar no programa, o Mais Médicos seleciona seus candidatos a partir de 'regras rígidas impostas pelo edital'. Como, por exemplo, uma análise do registro profissional, do diploma e do histórico do candidato. Essa análise passaria ainda pelo consulado e pela Policia Federal.

Depois disso, a coordenação do programa faz uma última analise do candidato.

O governo acredita que esses filtros seriam suficientes para impedir a ocorrência de fraudes no programa.

Ainda segundo informações do Ministério da Saúde, o Mais Médicos também não aceita profissionais bolivianos. Isso ocorreria porque, pelas regras do programa, estão impedidos de participar todos os profissionais que vieram de países com menor menor de médicos que o Brasil, que seria o caso da Bolívia.

Divulgação/Polícia Federal
Polícia Federal apreende documentos falsos usados para revalidar diploma de médicos formados no exterior
Polícia Federal apreende documentos falsos usados para revalidar diploma de médicos formados no exterior

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