Folha de S. Paulo


Protesto interdita via na zona leste de SP; trens voltam a circular

A linha 12-safira da CPTM foi totalmente liberada, por volta das 19h50 desta quinta-feira, após ficar mais de três horas parcialmente bloqueada por conta de manifestantes que invadiram os trilhos no final da tarde. Ao todo, sete estações chegaram a ficar interditadas.

O protesto que levou ao bloqueio da linha começou por volta das 16h30 e reuniu em torno de 180 pessoas na avenida Doutor Assis Ribeiro (zona leste de São Paulo). O grupo é contra a reintegração de posse de um terreno invadido na região.

Por volta das 20h30, a Tropa de Choque da PM chegou ao local. Moradores continuavam a jogar pedras contra os policiais, inclusive com o uso de estilingues. Já a PM respondia com bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo.

Os manifestantes colocaram fogo em instalações próximas a via --a polícia e os bombeiros não souberam informar o que funcionava nos imóveis. A Polícia Militar chegou a usar bombas de efeito moral para tentar dispersar o grupo. Os bombeiros também foram acionados.

Gero/Futura Press/Folhapress
Manifestantes colocam fogo em galpões próximos a Doutor Assis Ribeiro durante protesto por moradia na zona leste de São Paulo
Manifestantes colocam fogo em galpões próximos a Doutor Assis Ribeiro durante protesto por moradia na zona leste de São Paulo

Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), o bloqueio está na altura da rua Caucasica. Os motoristas que seguem no sentido do bairro podem utilizar como opção as avenidas Paranaguá, Abel Tavares e São Miguel. Já aqueles com destino ao centro, podem optar pela rua Custódia de Lima e avenida São Miguel.

Em nota, a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) afirmou que foram invadidas, entre os dias 6 e 7 de outubro, quinze áreas no núcleo União de Vila Nova, destinadas a implantação de praças, ruas e escolas. A companhia então ajuizou ação de reintegração de posse, que foi deferida pela Justiça.

"A invasão dessas áreas com destinação social afeta diretamente a população local e prejudica o processo de regularização fundiária do núcleo, que vai garantir a cada morador a matrícula de seu imóvel", diz a CDHU.


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