Folha de S. Paulo


Protesto fecha via na zona leste de SP e afeta circulação de trens

Cerca de 150 pessoas fazem um protesto por moradia na tarde desta quinta-feira na avenida Doutor Assis Ribeiro, na zona leste de São Paulo. Por volta das 18h, os manifestantes colocavam fogo em pneus para fechar a circulação de carros no local.

Após a chegada da polícia, os manifestantes também colocaram fogo em instalações próximas a via. A polícia e os bombeiros não souberam informar o que funcionava nos imóveis. A Polícia Militar chegou a usar bombas de efeito moral para tentar dispersar o grupo. Os bombeiros também foram acionados.

Após 3 horas, linha da CPTM fechada por protesto volta a operar

Uma parte dos manifestantes invadiu mais cedo os trilhos da linha 12-safira da CPTM, que teve a circulação de trens interrompida da estação Brás até a Itaim Paulista. A companhia afirmou que solicitou o acionamento do Paese, para disponibilizar ônibus para o trecho, mas a interdição dificultava a chegada dos veículos.

A CPTM alerta que a estação Brás continua aberta e os passageiros estão podendo embarcar normalmente nas demais linhas. Apenas a linha 12-safira tem restrição no momento por conta da manifestação.

Gero/Futura Press/Folhapress
Manifestantes colocam fogo em galpões próximos a Doutor Assis Ribeiro durante protesto por moradia na zona leste de São Paulo
Manifestantes colocam fogo em galpões próximos a Doutor Assis Ribeiro durante protesto por moradia na zona leste de São Paulo

Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), o bloqueio está na altura da rua Caucasica. Os motoristas que seguem no sentido do bairro podem utilizar como opção as avenidas Paranaguá, Abel Tavares e São Miguel. Já aqueles com destino ao centro, podem optar pela rua Custódia de Lima e avenida São Miguel.

Em nota, a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) afirmou que foram invadidas, entre os dias 6 e 7 de outubro, quinze áreas no núcleo União de Vila Nova, destinadas a implantação de praças, ruas e escolas. A companhia então ajuizou ação de reintegração de posse, que foi deferida pela Justiça.

"A invasão dessas áreas com destinação social afeta diretamente a população local e prejudica o processo de regularização fundiária do núcleo, que vai garantir a cada morador a matrícula de seu imóvel", diz a CDHU.


Endereço da página:

Links no texto: