Folha de S. Paulo


Polícia Civil e Promotoria vão filmar ações da PM em atos no Rio

Representantes do Ministério Público e da Polícia Civil vão filmar as abordagens feitas pela Polícia Militar a pessoas com os rostos cobertos, mascaradas e que estejam usando mochilas. A revista será feita, por policiais militares identificados, na manifestação prevista para amanhã (15), Dia do Professor.

A concentração está marcada para as 15h, na Candelária, no centro do Rio. Os professores sairão em passeata pela avenida Rio Branco.

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A decisão de filmar a ação da PM foi tomada durante uma reunião no quartel-general da corporação, com a participação do Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação), da Polícia Civil, Ministério Público e Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos.

A iniciativa partiu do comandante-geral da PM, coronel José Luis Castro Menezes, com a finalidade de viabilizar mecanismos de controle e monitoramento da ação policial nas ruas e torná-los eficazes na preservação da ordem pública, reduzindo as possibilidades de confronto e o consequente uso de força.

O coronel Castro Menezes voltou a defender o direito democrático das manifestações, mas reafirmou que "diante da atuação de vândalos, que adotam táticas violentas e depredam o patrimônio público e privado, os agentes do Estado têm o dever legal de interrompê-los, afastando a ocorrência do ilícito."

No encontro, ficou definido, também, que os profissionais de educação, por meio do Sepe, terão acesso aos oficiais da corporação, em posto de comando, que estiverem participando do policiamento nas manifestações.

Os professores municipal e estadual do Rio estão em greve desde o início de agosto. Na última segunda-feira, 7, o protesto de apoio à greve dos docentes terminou em quebra-quebra no centro do Rio.


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