Folha de S. Paulo


Para empresas de tecnologia, internet e smartphone são ferramentas contra trânsito

A tecnologia pode ajudar a melhorar o trânsito nas cidades? Empresas como a IBM e a Google apostam que sim e estão estudando novas ferramentas para tornar as cidades mais inteligentes.

Este foi o tema do painel "Vislumbrando o futuro", que encerrou a programação Fórum de Mobilidade Urbana promovido pela Folha, com Alessandro Germano, gerente de pesquisas do Google e Renato Cerqueira, da IBM.

Veja imagens usadas na apresentação de Alessandro Germano
Veja imagens usadas na apresentação de Renato Cerqueira
Veja o especial sobre mobilidade urbana

"Ainda não temos o teletransporte, nem o Google tem", brincou o Germano. Ele apresentou o conceito de co-mobilidade, no qual os cidadãos podem usar a internet e até mesmo as redes sociais para planejar melhor como se locomover na cidade.

"Existem várias soluções que já estão disponíveis por quem usa smartphone. Se você está passando por um ponto de ônibus, por exemplo, basta usar o Google Maps para saber quais são as linhas que passam por aquele local, para onde vão e que outros tipos de transporte precisa usar para chegar ao seu destino", explicou.

Para tanto, a Google formou uma parceria com a SP Trans, órgão que gerencia o transporte público na capital. Outra ferramenta bastante popular, segundo Germano, é o Google Street View.

A empresa mapeou mais de 3 mil cidades do mundo usando um carro que fotografou todas as ruas de cada metrópole. "A pessoa pode checar várias informações. Pode saber se o ponto de ônibus é coberto, se a loja tem estacionamento próprio, se a calçada é acessível, e outros", destacou o executivo do Google.

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CONCEITO INTELIGENTE

Já Renato Cerqueira, da IBM, chamou a atenção para o conceito de cidade inteligente, no qual equipamentos espalhados pela cidade podem transmitir informações em tempo real sobre as condições climáticas, do trânsito, aglomeração de pessoas, entre outros. "É o conceito que chamamos de 'internet das coisas'", explicou.

Um dos exemplos citados por ele foi o Centro de Operações Rio, criado em 2010, que concentra vários sistemas informatizados de diferentes órgãos públicos, como polícia, defesa civil e monitoramento do trânsito. Com a análise do conjunto de informações é possível evacuar uma região antes mesmo que uma enchente ocorra.

"São milhares de sensores distribuídos pelo Rio de Janeiro que captam as informações necessárias. Essa é uma infraestrutura que se paga fácil", afirmou Cerqueira.


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