Guardas civis reforçaram a segurança ao monumento às Bandeiras, na região do Ibirapuera, na zona sul de São Paulo, na noite desta quarta-feira, durante um protesto que seguiu da avenida Paulista até a Assembleia Legislativa. Não houve registro de confronto.
O monumento foi alvo de vândalos duas vezes na semana passada. Na última terça-feira (1º), manifestantes picharam palavras contra a PEC 215 e a frase "bandeirantes assassinos". No dia seguinte, uma novo ato terminou com o monumento manchado por tinta vermelha.
A PEC 215 (Proposta de Emenda à Constituição) transfere a competência da União na demarcação das terras indígenas para o Congresso Nacional e possibilita a revisão das terras já demarcadas. Os indígenas são contrários a mudança.
Nessa quarta-feira, um novo protesto reuniu em torno de 500 pessoas em passeata. Dessa vez, os manifestantes protestavam em apoio aos estudantes da USP e da Unicamp, que invadiram as reitorias das duas universidade, e aos professores municipais do Rio, em greve desde agosto.
PMs da Força Tática acompanharam a marcha e os comerciantes mantiveram as portas abertas na região. Havia entre os manifestantes alunos da Fatec (Faculdade de Tecnologia de São Paulo) e integrantes da UNE (União Nacional dos Estudantes) e do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
| Avener Prado - 02.10.03/Folhapress | ||
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| Monumento às Bandeiras, na região do Ibirapuera, é alvo de protesto contra PEC 215 na semana passada |