Folha de S. Paulo


Justiça nega pedido de reintegração de posse feito pela USP

A Justiça de São Paulo negou, nesta quarta-feira (9), o pedido de reintegração de posse do prédio da reitoria da USP, invadido por estudantes há uma semana. O juiz-auxiliar Adriano Marcos Laroca analisou o pedido de liminar (decisão provisória) após a audiência de conciliação realizada ontem com as duas partes, na qual não houve acordo.

Os alunos reivindicam a eleição direta para reitor da universidade e o fim da lista tríplice. Hoje, o governador do Estado escolhe um entre os três candidatos mais votados pelos colégios eleitorais --formados, principalmente, por professores titulares.

O prédio foi ocupado na terça-feira (1º). Antes, os estudantes tentaram invadir uma reunião do Conselho Universitário que ocorria no horário.

"Como pareceu ter ficado claro na audiência, havendo ainda a possibilidade de retomada do prédio sem o uso da força policial, bastando a cessação da intransigência da reitoria em dialogar de forma democrática com os estudantes e, ainda, considerando que, nesse momento, a desocupação involuntária, violenta, causaria mais danos à USP e aos seus estudantes do que a decorrente da própria ocupação, indefiro, por ora, a liminar de reintegração de posse", escreveu o magistrado na decisão.

A USP informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que irá recorrer da decisão.

No local ocupado funciona a administração central da reitoria, segundo a universidade. Cerca de mil funcionários que trabalhavam no prédio foram realocados para outros setores. Na sexta-feira, para pressionar os estudantes, o fornecimento de água e luz no prédio foi cortado.

Os alunos marcaram para hoje um protesto que deve começar às 16h no vão-livre do Masp, de onde seguirá em direção à Assembleia Legislativa, na zona sul de SP, e contará também com estudantes da Unicamp.


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