Folha de S. Paulo


Poli-USP diz que vai abrir sindicância após tentativa de estupro no campus

A direção da Poli (Escola Politécnica) da USP (Universidade de São Paulo) afirmou que vai abrir uma sindicância interna para apurar eventuais omissões no caso de uma estudante que sofreu uma tentativa de estupro na manhã de terça-feira (8) dentro do campus, no Butantã (zona oeste de SP).

De acordo com nota enviada pelo diretor da escola, José Roberto Cardoso, a segurança dos alunos é "dever da escola". Segundo a faculdade, o agressor estava escondido em uma das baias do banheiro do Departamento de Engenharia de Produção quando atacou a aluna do curso de engenharia de produção, de 23 anos.

A estudante contou em depoimento à polícia que lutou com o suspeito, que acabou fugindo. Ela ainda disse que ele estava mal vestido e aparentava ter entre 20 e 30 anos. A jovem teve ferimentos leves e foi encaminhada para o Hospital Universitário. A polícia afirmou ter pedido perícia para o banheiro na tentativa de encontrar alguma impressão digital que levasse ao agressor, mas nenhum suspeito foi identificado ou detido.

A nota enviada pela Poli diz que o diretor foi visitar a estudante no hospital e que lamenta o ocorrido. Cardoso informou a estudante que será dado todo o apoio necessário e, caso ela se sinta ameaçada, ele também colocará à sua disposição um segurança. Ele informou ainda que o banheiro feminino, hoje localizado nos fundos do departamento, será transferido para um local onde haja maior trânsito de pessoas.

De acordo com a Poli, guardas e câmeras de segurança são utilizados para manter a segurança interna. "A restrição de acesso, com a implantação de catracas, poderá ser proposta novamente, já que há cerca de seis anos os próprios alunos vetaram a ideia", informou a nota. O nome da vítima não foi informado pela polícia ou pela universidade.


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