Folha de S. Paulo


Após contaminação, USP Leste volta a ser vistoriada pela Cetesb

A Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de SP) fez nesta sexta-feira uma vistoria no campus da USP Leste para verificar se a instituição cumpriu as exigências que visam sanar os problemas de contaminação por gás metano detectado no local.

Segundo o órgão, a universidade deveria fazer uma investigação detalhada e o desenvolvimento do plano de intervenção na área contaminada, a instalação de um sistema de extração de gases do subsolo e a remoção da terra depositada sem autorização na chamada área da chaminé.

O resultado da inspeção será analisado na próxima semana pela diretoria do órgão ambiental, que definirá as medidas administrativas cabíveis. Caso fique comprovado que a unidade de ensino não atendeu às exigências da agência ambiental, ela poderá ser multada.

Em assembleia nesta sexta-feira, os estudantes decidiram manter a greve e a ocupação do prédio da administração. Eles cobram uma solução para o problema de contaminação. Os alunos devem manter a ocupação ao menos até a próxima terça-feira (8), quando haverá uma reunião com a reitoria.

Mariana Rocha Oliveira/Leitora
Professores da USP Leste entram em greve após instalação de placa que alerta sobre risco de contaminação por gases tóxicos
Professores da USP Leste entram em greve após instalação de placa que alerta sobre risco de contaminação por gases tóxicos

No local onde a instituição foi erguida havia lixo orgânico removido do rio Tietê. Com o tempo pode haver emissão de gás metano, que é tóxico e pode causar explosões. De acordo com a Cetesb, não há risco à população local, mas algumas exigências foram feitas.

No mês passado, foi colocada uma placa apontando a "interdição" de parte do campus pelo problema. Com isso, houve protesto de professores e estudantes, que culminaram em greve.

A placa de "interditado" foi iniciativa da SEF (Superintendência de Espaço Físico da USP), órgão que não tem relação direta com o campus e que cuida da situação das unidades da USP no Estado. A pedido da Cetesb, a placa foi retirada ontem.


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