Folha de S. Paulo


Aumento do metrô será discutido só no ano que vem, diz Alckmin

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) não descartou na manhã desta terça-feira (1º) o aumento nas tarifas de Metrô, trens e pedágios para o ano que vem. O reajuste, afirmou ele, dependerá da inflação.

O discurso é diferente do que foi sinalizado pela prefeitura de São Paulo ontem. O orçamento apresentado pela gestão Fernando Haddad (PT) indica que a tarifa de ônibus vai continuar congelada no próximo ano.

Em junho, após uma série de protestos devido ao aumento das passagens de transporte coletivo para R$ 3,20, prefeitura e governo do Estado precisaram recuar e voltaram os valores para os R$ 3 cobrados anteriormente. O governo também congelou o aumento no valor dos pedágios, que era previsto para julho.

Questionado hoje se o Orçamento do ano que vem, enviado ontem por Alckmin para Assembleia, prevê reajustes de trens, Metrô e pedágio, ele disse que isso será decidido no ano que vem.

"Isso [reajuste] não faz parte, especificamente, do Orçamento. O Orçamento não tem esse nível de detalhe. A questão de reajuste, primeiro, é uma decisão no ano que vem", afirmou.

"Segundo, depende da inflação. Se você tiver inflação baixíssima, o reajuste ou não existirá ou será baixíssimo. Se tiver uma inflação maior, tem mais necessidade. É tudo para discutir no ano que vem", completou.

SAÚDE

Alckmin também anunciou hoje que AMEs (ambulatórios médicos onde é possível agendar exames e consultas com especialistas) abrirão também durante os sábados, a partir de 5 de outubro.

O projeto prevê a abertura de dez das 50 unidades que o Estado tem atualmente. Foram escolhidas as que, segundo ele, têm maior demanda.

Com a mudança, deverá haver um aumento de de 5.000 consultas, 5.000 diagnósticos e 300 cirurgias nas unidades.

O projeto é parecido com a principal proposta de Haddad para a área: a Rede Hora Certa, ambulatórios de especialidade que também realizarão consultas. As obras das cinco primeiras unidades, no entanto, estão atrasadas.

As medidas anunciadas na saúde são as primeiras depois da troca de comando na Secretaria Estadual da Saúde. No lugar de Giovanni Guido Cerri, de perfil discreto, assumiu o infectologista David Uip, conhecido por atender celebridades e políticos.

A área deverá ganhar destaque, já que o provável rival de Alckmin na corrida eleitoral pelo Palácio dos Bandeirantes, no ano que vem, é o ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT).


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