O delegado Paulo Henrique Navarro Barbosa, titular do 32ºDP (Itaquera), diz que ainda é muito cedo para dizer as causas da morte do pai e do filho encontrados sem vida dentro de um motel na zona leste de São Paulo.
Robson da Silva Alves, 33, e Vinícius Vasconcelos Alves, 2, estavam dentro de um carro no estacionamento do estabelecimento. Segundo a Polícia Civil, o pai tinha cortes no pescoço e a criança não apresentava nenhum sinal de violência.
Segundo Barbosa, havia marcas de sangue dentro do quarto onde o homem estava. Os materiais biológicos, tanto do pai quanto do filho, foram encaminhado para a perícia e o laudo deve sair dentro de 20 dias.
"Ainda é cedo para dizer as causas da morte dos dois. Sabemos que o Robson era usuário de drogas há cerca de um ano. Mas, ainda precisamos dos laudos do IML (Instituto Médico Legal) para definirmos uma linha de investigação", disse Barbosa.
A mulher de Robson contou à polícia que eles estavam juntos havia 11 anos e que ele usava drogas há seis. Ela disse ainda que ele não era violento e que usava drogas apenas na rua ou em motéis.
A SSP (Secretaria de Segurança Pública) disse que Robson era procurado pela Justiça, mas não disse por qual crime.
O CASO
Robson e Vinícius deram entrada no motel Status por volta do 12h de ontem. Ninguém do motel percebeu que havia uma criança no carro.
Por volta das 15h, funcionários do motel fizeram o último contato com a vítima por telefone. Na ocasião, um homem mais velho, se identificando como pai de Robson, o procurou na recepção. Ao ser contatado por uma funcionária, porém, o filho pediu para que fosse dito que ele não estava.
Próximo do horário em que Robson deveria deixar o local, um funcionário voltou a entrar em contato, mas não o localizou Com isso, foi até o quarto, onde encontrou marcas de sangue, e até o carro Fiat Pálio, onde estavam os corpos.
Ninguém do motel foi encontrado para comentar o assunto.