Folha de S. Paulo


Laudo diz que menina morta na Rocinha foi estuprada e esganada

A Polícia Civil afirmou na tarde desta segunda-feira que a menina Rebeca Carvalho, 9, encontrada morta na Rocinha, zona sul do Rio, no final de semana, foi vítima de "abuso sexual e esganadura". A informação foi confirmada em laudo de necropsia do IML (Instituto Médico Legal).

O corpo da criança foi enterrado na manhã de hoje no cemitério do Caju, na zona portuária da cidade. A menina foi encontrada morta na madrugada de domingo (29) num beco da favela, próximo a um posto da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), com as roupas íntimas abaixadas.

O caso está sendo investigado pela Divisão de Homicídios do Rio. Investigadores disseram à Folha que ainda tentam identificar o autor do crime. Testemunhas estão sendo ouvidas e imagens das câmeras da comunidade analisadas.

Ontem, o líder comunitário William de Oliveira disse que a família relatou à polícia que a menina sumiu ao sair de uma festa para ir em casa, que ficava próxima.

"Tenho 41 anos, sempre morei na Rocinha, e nunca vi um caso de estupro de criança. Os moradores relatam que há 2 meses não existe mais policiamento no interior da comunidade, só no entorno. Quando a UPP foi inaugurada, o policiamento e as revistas eram frequentes".

Uma criança que estava na festa relatou à TV Bandeirantes que Rebeca estava em uma festa de aniversário, na noite de sábado (28), brincando com outros colegas, quando um homem negro, de 1,70 m, teria oferecido biscoito e pediu que a menina o acompanhasse.


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