Folha de S. Paulo


Taxa de doadores de órgãos aumentou 36% do país desde 2010

A taxa de doadores de órgãos por milhão de habitantes aumentou 36% no país desde 2010, segundo estimativa do Ministério da Saúde. A relação passou de 9,9 para 13,5 no primeiro semestre deste ano.

Nos últimos dez anos, a taxa de negativas para a doação passou do patamar de 80% para 45%.

O indicador revela a parcela das famílias que se recusa a aprovar a doação de órgão de um parente falecido.

Segundo o ministério, a ampliação do número de doadores e de centros especializados para captação de órgãos, nos últimos anos, permitiu zerar a fila de transplantes de córnea em cinco Estados da federação: São Paulo, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.

O transplante de córnea responde por cerca de 60% do total de transplantes realizados no país.

O ministro Alexandre Padilha (Saúde) comemorou os números, mas apontou questões a serem resolvidas: a ampliação do número de Estados que realizam transplantes complexos e a garantia da qualidade do armazenamento dos órgãos.

"Ainda temos problemas com o líquido usado para preservar o órgão. Decidimos centralizar a compra." Segundo o ministro, há duas empresas internacionais interessadas em fazer a transferência de tecnologia para a produção nacional da substância.

Padilha reforçou a importância de qualificar as equipes que abordam as famílias de potenciais doadores, já que cabe a elas bater o martelo a respeito da doação ou não do órgão.

Paralelamente ao balanço, o governo lançou a campanha anual para alavancar as doações de órgãos no país, que será veiculada entre os dias 23 e 27 de setembro.


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