Após ser atingida por um tornado no último domingo (22), a cidade de Taquarituba, no interior de São Paulo, ainda contabiliza os prejuízos causados pelo fenômeno natural que matou duas pessoas, feriu outras 64 e desabrigou centenas de moradores.
A cidade está em estado de calamidade pública e pede recursos para os governos federal e estadual. Ontem, governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB) visitou a cidade e garantiu recursos do governo para a restruturação do município a 328 km a oeste da capital.
600 casas ainda estão sem luz
Destruição indica que ventos passaram de 117km/h em Taquarituba (SP)
Mesmo na rota dos tornados, Brasil não prevê evento
'Ônibus começou a ser arrastado', diz motorista
Cena é 'devastadora', diz Alckmin
Será disponibilizada verba para a reforma dos prédios públicos atingidos pelo tornado. Segundo a prefeitura do município, devem passar por reforma o Galpão do Agronegócio, o ginásio poliesportivo e a rodoviária, espaços públicos totalmente destruídos pela força do vento.
No Parque Industrial, um dos bairros atingidos, todas as 38 empresas instaladas foram atingidas. A maior parte sofreu danos sérios.
Para recuperar as indústrias da cidade, o governo do Estado garantiu que a Desenvolve SP (Agência de Desenvolvimento de São Paulo) disponibilizará uma linha de crédito especial para as vítimas da tragédia.
O benefício já foi concedido em 2010 a empresários de São Luís do Paraitinga (171 km de São Paulo) após a inundação do centro histórico do município e poderá ser utilizada para a reconstrução dos estabelecimentos comerciais, recomposição de estoques e compra de máquinas e equipamentos.
Podem acessar a linha de crédito as empresas de Taquarituba com faturamento anual de até R$ 100 milhões. "Na tragédia de São Luiz do Paraitinga concedemos mais de R$ 3 milhões de reais em crédito para os comerciantes. Mas, agora a situação é diferente pois, na cidade há mais empresas de médio porte o que faz com que o dinheiro requisitado seja maior", disse o presidente da Desenvolve SP, Milton Luiz de Melo Santos
MODALIDADES
Segundo a Desenvolve SP, os financiamentos serão feitos em duas modalidades.
Uma para recuperar a produção com a compra de máquinas, equipamentos, veículos e a realização de obras, com taxa de juros de 7% ao ano e prazo de até 60 meses, com 12 meses de carência. Além de outra linha para as empresas voltarem a operar, com a recomposição de estoques, aquisição de material para construção e capital de giro -- a taxa é de 14,25% ao ano e prazo de 36 meses, sendo 6 meses de carência.
"Os empresários com faturamento anual de até R$ 3,6 milhões poderão utilizar como garantia o Fundo de Aval do Estado de São Paulo, o FDA, que permitirá a operação de crédito na ausência de outras garantias", disse o presidente da Desenvolve SP.