Folha de S. Paulo


Justiça muda acusação contra manicure que matou asfixiada criança de 6 anos no RJ

A Justiça no Rio de Janeiro decidiu alterar a acusação de Suzana do Carmo de Oliveira Figueiredo, apontada como sendo a assassina do menor João Felipe Eiras Bichara, 6, em Barra do Piraí (117 km do Rio de Janeiro), em março deste ano.

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Reprodução/Facebook/Comven Imobiliaria Imobiliaria
João Felipe Eiras Santana Bichara foi encontrado morto
João Felipe Eiras Santana Bichara foi encontrado morto

A 1ª Vara de Barra do Piraí recebeu aditamento à denúncia contra a manicure e agora a ré, que respondia pelo crime de homicídio triplamente qualificado, passa a ser acusada de extorsão mediante sequestro, com resultado morte (artigo 159, parágrafo 3º, do Código Penal).

Em nota o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro disse que, na decisão, foi considerado que as provas colhidas em audiência, aliadas às circunstâncias dos fatos e à prova documental, mostram que há justa causa para o recebimento do aditamento.

Para o magistrado responsável pelo caso, a conduta de Suzana visava ao pagamento de resgate em dinheiro, o que teria sido, inclusive, confessado espontaneamente pela manicure.

O CASO

O menino João Felipe Eiras Santana Bichara, 6, foi morto por asfixia no último dia 25. Ele foi levado da escola em que estudava pela manicure após ela ligar na unidade se passando pela mãe da criança e autorizando a saída. Figueiredo então levou o menino até um hotel, onde teria praticado o crime.

O corpo de João Felipe foi encontrado dentro de uma mala, na casa da manicure. Após ser presa, ela apresentou várias versões para o crime. Em uma delas, ela dizia ter tido um caso com o pai da criança. Heraldo Bichara Júnior, 38, no entanto, negou em depoimento.

Após a prisão, a mãe da manicure encontrou na casa dela anotações da filha que sugerem que ela pediria resgate pelo sequestro da criança. Dentre as anotações havia o valor de R$ 300 mil e algumas contas que deveriam ser pagar com o valor.


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