Folha de S. Paulo


Após acidente, trecho de linha da CPTM será liberado amanhã

O secretário dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, Jurandir Fernandes, afirmou nesta quinta-feira (19) que o trecho entre as estações Franco da Rocha e Baltazar Fidélis, da linha 7-rubi da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), deve ser reaberto parcialmente amanhã e que deve estar funcionando normalmente na segunda-feira (23).

Ontem, um trem de carga descarrilou próximo a estação Franco da Rocha e atingiu o último vagão de uma composição da CPTM. Treze pessoas ficaram feridas, a maior parte com ferimentos leves.

O governador Geraldo Alckmin disse que comunicará ao governo federal que pretende encerrar após 2016 o compartilhamento dos trilhos da CPTM entre veículos de passageiros e de carga.

"Estamos hoje comunicando à ANTT [Agência Nacional de Transportes Terrestres] e à MRS [empresa responsável pelo trem] que queremos diminuir a zero o trem de carga durante o dia --eles precisam se adaptar durante a noite-- e comunicando também que depois de 2016 não tem mais", afirmou.

Célio Campos/Futura Press/Folhapress
Bombeiros socorrem vítimas após acidente com trens em Franco da Rocha, na Grande São Paulo; 16 pessoas tiveram ferimentos
Bombeiros socorrem vítimas após acidente com trens em Franco da Rocha, na Grande São Paulo; 16 pessoas tiveram ferimentos

Segundo Alckmin, dos 75 trens de carga que utilizam os trilhos da CPTM diariamente, 25 circulam durante o dia. "Transporte [sobre trilhos] de carga é importantíssimo, precisa ser estimulado, mas não pode mais conviver."

Ele criticou também o governo federal pela demora na construção do Ferroanel --linha de trem que o governo federal planeja construir na região metropolitana para melhorar a logística de transporte de cargas.

"O Ferroanel e o Rodoanel começaram juntinhos. O Rodoanel, que depende do Estado, estão prontos os trechos Oeste e Sul. Vai ficar pronto o Leste no primeiro semestre e no Norte temos seis frentes de trabalho. O Ferroanel nunca começou", afirmou.

"Em 2016 encerra o convênio. Encerrando, não queremos mais o trem de carga e estamos sempre alertando o governo federal de que precisa de uma alternativa para não passar mais por dentro de São Paulo."


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