Folha de S. Paulo


Eventual prisão de PMs não mancha projeto da UPP, diz Cabral

O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), afirmou nesta terça-feira (17) que a eventual prisão do ex-comandante da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Rocinha, major Edson Santos, e outros quatro policiais militares por suspeita de envolvimento no desaparecimento do pedreiro Amarildo Souza não mancha o projeto de segurança pública do Estado.

O governador disse que "é uma injustiça comprometer um projeto que dá paz e tranquilidade a milhares de famílias em diversas áreas do Rio e bairros por causa de um caso".

"O projeto da UPP está muito acima de qualquer eventual falha de dois, três ou quatro PMs caso seja comprovada a falha. Temos hoje 8.600 policiais nas UPPs. Vamos avançar, novas comunidades serão pacificadas ainda este ano", disse Cabral.

A Folha revelou nesta terça-feira que os cinco PMs da UPP da Rocinha devem ser indiciados pela Divisão de Homicídios, que investiga o caso. A tendência é que seja pedida a prisão preventiva dos agentes sob acusação de tortura seguida de morte e ocultação de cadáve.

O governador disse que, caso se comprove a participação dos policiais, eles devem ser punidos.

"Nós temos a obrigação de descobrir, investigar, punir os culpados. Ninguém aqui está querendo proteger culpado pelo caso", disse o governador.


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