Folha de S. Paulo


'Eles sempre foram problemáticos', diz dono de loja onde mulher foi morta em SP

O dono da lanchonete onde uma mulher foi morta na tarde desta quarta-feira na Galeria do Rock, no centro de São Paulo, disse que tanto a vítima quanto o assassino "sempre foram problemáticos". Orlando Kuroda, 52, disse que o casal frequenta a loja dele há anos e que eles sempre deram trabalho para pagar contas, além das frequentes discussões.

O empresário presenciou o assassinato da vítima, identificada apenas como Renata, e afirmou nunca ter visto cena semelhante no local. "Ela [Renata] estava aqui, bebendo normalmente, quando a mulher chegou. As duas começaram a discutir", contou Kuroda.

A mulher foi assassinada com um golpe de canivete por volta das 16h, quando o local estava cheio. De acordo com a polícia, a mulher tinha por volta de 25 anos, mas não estava com documentos.

Acusado pela Polícia Civil de ser o autor do crime, Rodolfo Preisig, de 28 anos, foi preso em flagrante. Testemunhas disseram que ele era ex-marido da vítima, mas ele nega. Com Preisig, que é punk, foi apreendido um machado, que não foi usado no crime.

Pouco antes do assassinato, a atual mulher dele, não identificada, discutiu com a vítima. Ela não foi detida.

Segundo ele, Preisig entrou no local, pediu para sua mulher sair e passou a gritar com Renata, golpeando-a em seguida com o canivete.

A jovem ainda conseguiu tirar a arma do pescoço e xingou o homem. Em seguida, caiu e morreu.

O crime foi gravado por duas câmeras de segurança da lanchonete. As imagens foram recolhidas e entregues à polícia.

Preisig tentou fugir pela avenida São João, mas deu de cara com policiais militares que trabalhavam na Operação Delegada.

Voltou à entrar na Galeria do Rock, onde foi preso em flagrante.

Outras duas pessoas foram detidas no local. Um deles é Ricardo Gabriel de Jesus Inácio, 26, e Eduardo Tomé Nunes Santos, 35. A polícia chegou a dizer que um deles era irmão do suspeito, o que foi corrigido posteriormente.

Os três suspeitos foram encaminhados para o CDP (Centro de Detenção Provisória) do Belém, na zona leste de São Paulo.

REVOLTA

A polícia precisou usar spray de pimenta para que Preisig não fosse linchado por pessoas que estavam na galeria no momento.

O corpo de Renata permaneceu por mais de duas horas na lanchonete. Um multidão de curiosos se formou em volta. Apenas uma loja fechou as portas.

O dono da estabelecimento afirmou que Renata e Rodolfo Preisig frequentavam sua lanchonete há anos."Eles sempre foram problemáticos", disse.

Cinco amigos de Renata tentaram invadir a lanchonete, mas foram impedidos pela polícia.

Esperaram do lado de fora, bebendo uma garrafa de vinho. Eles também não sabiam o sobrenome da amiga.


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