O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse, nesta quarta-feira, que não há risco para alunos e funcionários que frequentam a USP Leste. O local está contaminado, segundo a Cetesb (agência ambiental do governo do Estado de São Paulo).
A comunidade acadêmica decretou greve ontem alegando riscos à saúde e exige providências por parte da universidade.
Contaminação de terreno na USP Leste faz professores decretarem greve
"A Cetesb já fez a notificação e não há nenhum risco para alunos e professores. A área contaminada é a área ao lado. [A Cetesb] já deu 60 dias para que a USP tome todas as providências para a descontaminação. A área está isolada e não tem nenhum problema", disse o governador.
Sobre a greve dos professores, Alckmin disse ser "um assunto interno da universidade, ela tem autonomia pedagógica e administrativa".
Mariana Rocha Oliveira/Leitora | ||
Professores da USP Leste entram em greve após instalação de placa que alerta sobre risco de contaminação por gases tóxicos |
GREVE
Os professores da USP Leste decretaram greve nesta terça-feira alegando preocupação com os riscos de trabalharem em uma área contaminada.
A eclosão da crise é uma placa, com símbolo da Cetesb (agência ambiental paulista), instalada nesta semana dentro do campus da universidade paulista aberto em 2005.
A informação contida nela é que "aquela área está interditada por conter contaminantes com risco à saúde".
Todos os prédios da USP Leste, por onde circulam mais de 4.000 pessoas, entre alunos, professores e funcionários, estão sobre uma terra que contém lixo orgânico.
Com o passar do tempo, esse material começa a emitir gás metano, que é tóxico e explosivo. O risco de acidentes dentro de ambientes fechados, onde o gás pode ficar armazenado, é real, segundo os técnicos ambientais que visitaram o local em 2012.
A Cetesb, de forma oficial, autuou a USP Leste no dia 2 de agosto, mas diz que não mandou colocar nenhuma placa interditando a área.