Folha de S. Paulo


Mais Médicos sozinho não resolve problemas da saúde, diz ministro

O ministro Alexandre Padilha saiu mais uma vez em defesa do programa Mais Médicos, alvo de críticas de entidades médicas e congressistas. Para ele, o projeto sozinho não resolve o problema da saúde brasileira, mas representa um grande passo.

O programa, lançado há dois meses, prevê a ampliação de médicos em cidades do interior e periferias de capitais. Para isso, permite a atuação de profissionais formados no exterior sem revalidação do diploma de graduação.

Conselho médico ameaça não registrar estrangeiros
Médicos se queixam de infraestrutura no interior do AM
Conselho de Medicina prevê colapso na saúde no Amazonas

"Nós sabemos que o Mais Médicos sozinho não vai resolver todos os problemas de saúde que nosso país tem. Mas sabemos que o encaminhamento do programa, a implantação do programa [mostram quem] isso foi o passo mais corajoso já dado por uma presidenta da República para levar para milhões de brasileiros que não têm profissionais para atendimento médico", disse o ministro hoje durante cerimônia de sanção de lei que destina royalties do petróleo para saúde e educação.

Padilha afirmou que a destinação de 25% desse montante pra a saúde é um "momento histórico para o Sistema Único de Saúde", diante da perda de receitas com o fim da CPMF, contribuição sobre movimentação financeira destinada à saúde, extinta em 2008. O ministro disse ainda que o Mais Médicos é um "primeiro passo dessa longa caminhada" para uma saúde de melhor qualidade.

"Ter prédio bem estruturado para oferecer saúde é importante, ter equipamentos estruturados e modernos é muito importante, (...) mas a alma de um serviço de saúde são seus profissionais", completou.


Endereço da página:

Links no texto: