Folha de S. Paulo


Após morte de colega, policiais civis fazem greve no Paraná

Policiais civis do Paraná paralisaram as atividades nesta sexta-feira (6) em protesto pela morte de um colega, ocorrida ontem pela manhã.

Todos os trabalhos de investigação, administrativos, visitas a presos e atendimento ao público estão suspensos até a meia-noite. Segundo o sindicato da categoria, cerca de 90% dos policiais do Estado aderiram à manifestação.

O policial morto, Marcos Antônio Gogola, era superintendente da Polícia Civil em Campo Largo (região metropolitana de Curitiba). Ele levou um tiro na nuca em uma emboscada, ao levar um preso a uma consulta no dentista.

Enquanto Gogola aguardava a conclusão do atendimento, quatro homens armados invadiram o consultório, renderam quem estava no local e resgataram o preso. Ao reconhecerem o policial, os bandidos atiraram. Ele morreu na hora.

O Sinclapol (sindicato dos policiais civis) reclama do desvio de função dos policiais, que precisam fazer a guarda e a condução de presos.

O policial foi enterrado às 10h de hoje.

MATO GROSSO DO SUL

Em Mato Grosso do Sul, policiais federais também paralisaram as atividades nesta sexta-feira, para reivindicar a reestruturação da carreira.

O atendimento ao público não foi afetado. Somente as investigações estão suspensas.

Segundo o Sinpef-MS (sindicato dos policiais federais do Estado), a categoria pede há três anos o reconhecimento das funções de nível superior desempenhadas por agentes, escrivães e papiloscopistas. Os policiais também reclamam das condições de trabalho e pedem revisão salarial.


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