Folha de S. Paulo


Professores e centrais sindicais fazem protesto e fecham a Paulista

Professores estaduais e centrais sindicais fazem protestos na tarde desta sexta-feira na região central de São Paulo. Por volta das 16h30, os dois grupos se juntaram e fecharam totalmente a avenida Paulista, na altura do Masp (Museu de Artes de São Paulo).

O protesto de professores começou mais cedo, na praça da República. O grupo então seguiu em passeata pela rua da Consolação, pela rua Fernando de Albuquerque, até chegar a Paulista, onde já estava o grupo de centrais sindicais reunidos no Masp.

O ato de professores é promovido pela Apeoesp (Sindicato dos Professores de Ensino Oficial do Estado de São Paulo) e visa, entre outros, pressionar o governador Geraldo Alckmin (PSDB) a implementar a jornada do piso, que regula o tempo que professores ficam em sala de aula.

"A jornada do piso é regulamentada por lei mas ainda não foi implementada em São Paulo, diferentemente do que diz o secretário de educação", afirma Noronha. "Queremos a implementação, mesmo que de forma paulatina".

Marcelo Brammer/Brazil Photo Press/Folhapress
Manifestantes fazem passeata na região central de São Paulo; grupo se encontrou na avenida Paulista, que foi totalmente bloqueada
Manifestantes fazem passeata na região central de São Paulo; grupo se encontrou na av. Paulista, que foi totalmente bloqueada

Já as centrais sindicais, que se reuniam no Masp, protestam contra projeto de Lei nº 4330/04, que trata da terceirização; pelo fim do fator previdenciário; 40 horas semanais sem redução de salário, 10% do PIB para a educação; 10% do orçamento da União para a saúde; transporte público e de qualidade; entre outros.

O protesto de professores reunia cerca de 1.000 pessoas, segundo estimativa da PM. Já os organizadores apontavam 2.000. Não foi informado, porém, estimativa total de manifestantes após o encontros dos dois protestos.

Os protestos de centrais sindicais acontecem também em outras cidade do país, como Fortaleza, Vitória, Belo Horizonte, Curitiba, Londrina e Belém.

OUTROS

No início da manhã, funcionários e estudantes da USP (Universidade de São Paulo) fecharam o portão principal da Cidade Universitária em outro protesto contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB). O portão fica no cruzamento da avenida Afrânio Peixoto com rua Alvarenga, no Butantã, zona oeste da capital paulista.

Comandado pelo Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo), o ato também fazia parte do dia nacional de mobilização e paralisação por centrais sindicais. O ato deixou o trânsito na zona oeste complicado.

Já na cidade de Santos (no litoral de SP) ocorreram protestos em diferentes pontos, provocando bloqueios nos principais acessos à cidade ainda na madrugada. Durante a manhã, as interdições continuaram e vários estabelecimentos comerciais também fecharam.

O bloqueio da rodovia Anchieta também prejudicou os acessos às cidades de São Vicente e Guarujá. Houve bloqueios ainda na Imigrantes e na Bandeirantes por conta de protestos.

No interior de SP, houve protestos em Campinas (a 93 km de São Paulo) pela manhã e na tarde desta sexta-feira. O ato da manhã ocorreu no aeroporto internacional de Viracopos, e causou lentidão na região. Já à tarde, houve outro protesto no largo do Rosário, no centro da cidade.


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